Na segunda metade do séc. XVII a produção de açúcar do nordeste brasileiro sofreu uma forte concorrência e queda comercial e isso fez com que a Coroa portuguesa estimulasse novamente a descoberta de ouro e prata.
Os paulistas de Taubaté e Guaratinguetá foram os principais exploradores e conheciam bem o sertão dos Cataguases.
Em 1674, Fernão Dias Paes Leme descobriu como avançar pelo país dos cataguases e criou Caminho Velho para o interior das terras dos Cataguases, desde Taubaté passando pela garganta do Embaú, Itanhandu, Passa Quatro, Caxambu, Baependy, Carrancas, São João d'El Rey, Vapabuçu, vale do paraupaba, Fidalgo no vale do rio das abelhas (Velhas).
O ciclo do ouro começou em 1670 quando Barlomeu Bueno Siqueira andava pelos sertões dos Cataguases, em busca de índios. Em 1694, vindo de Vapabuçu (Lagoa Dourada), chegou às serranias das Congonhas e do Suaçuy, atingindo as cabeceiras do rio Paraopeba no morro do Camapuã. (St Amaro em Queluz).
De lá seguiu para morro do chapéu (lugar donde se avista longas distâncias) do Catauã (Santana dos Montes) até atingir as terras nas colinas do povoado dos índios Carijós (Queluz de Minas) de onde atingiu as serras da Itaverava, onde encotraram as primeiras pepitas de ouro e remeteram para o Rio de Janeiro.
Alcançaram depois a serra do Guarapiranga de onde, pela manhã, avistaram os píncaros agudos de Arrepiados e encontraram ouro no ribeirão do Carmo (Mariana)
Com a escassez de alimentos nas minas, Bartolomeu dividiu seus homens, deixando alguns sob o comando do capitão Miguel Garcia Roiz Paes Leme a cuidar de plantações de milho, no povoado do Campo Alegre dos Carijós e seguiu com os demais em direção ao que hoje se chama Vale do Rio das Velhas.
Miguel Garcia, enquanto aguardava a produção das lavouras no Arraial dos Carijós, fez incursões, chegando a alcançar o rio Gualaxo do Sul, entre as serras do Itatiaia e do Deus- te- livre, em cujo leito descobriu abundantes pepitas de Ouro Branco.
Em 1698 Antônio Dias de Oliveira descobriu pepitas de ouro preto no córrego do Tripuy aos pés do pico Itacolomy.
A notícia correu o país inteiro fazendo com que muitos aventureiros viessem para as novas minas descobertas e a notícia chegou a Portugal. Vieram mais de 10 mil pessoas a cada ano, durante um período de 60 anos.
A população das minas antes de 1709 era bastante heterogênea e dividida em dois grupos rivais: Paulistas que desejavam o direito de explorar as minas de ouro descobertas por eles e, os Emboabas (forasteiros) que vinham principalmente de Portugal.
Nesse tempo, a população paulista era composta de mamelucos e índios carijós que falavam mais a língua tupy do que o português do reino de além mar.
Alguns poucos "emboabas" controlavam o comércio que abastecia as minas, e em razão disso, obtinham muito lucro. Por causa da sua riqueza e a importância da atividade que exerciam, passaram a ter grande influência no território das minerações de ouro.
O português Manuel Nunes Viana era um desses ricos comerciantes e principal líder dos emboabas, além de ser também, dono de fazendas de gado próximo às Terras do Caetés, no vale do Rio da Velhas.
A disputa pelas jazidas e vários outros desentendimentos deram origem a Guerra dos Emboabas.
Para combater o contrabando do ouro, a Coroa Portuguesa proibiu o comércio (exceto o de gado) entre Bahia e Minas; porém, ele continuou sob a liderança de Nunes Viana.
Borba Gato, genro de Fernão Dias Paes Leme, era o Guarda-mor das minas do Sabarábuçu, (representante do poder real) e líder dos paulistas. Decidiu expulsar Nuves Viana das minas do Sabarábuçu (serras da Piedade do Caeté) mas Nunes não foi embora e recebeu apoio dos emboabas.
Após serem expulsos das minas do Sabarabuçu, pelos emboabas, os paulistas demandaram, mas um grupo foi cercado pelos emboabas que prometeram deixá-los vivos, caso entregassem as armas.
Os paulistas aceitaram o acordo, mas foram enganados e massacrados em um local que ficou conhecido como Capão da Traição, próximo a Vapabuçu (Lagoa Dourada).
Nunes Viana foi obrigado pelo Governador do Rio de Janeiro a deixar as minas e acabou se retirando para sua fazenda no vale do rio São Francisco.
Como conseqüência dessa guerra, foi criada em 1709, a "Capitania de São Paulo e Minas de Ouro" (ex-capitania de São Vicente) com capital sediada na Vila do Ribeirão do Carmo (Mariana)
Em 1720 a Capitania de Minas foi criada, sendo separada da de São Paulo, formando duas capitanias:
São Paulo e a de Minas Gerais com capital em Vila Rica do Ouro Preto
JEAN DE LANNE ou JOAM DE LANA ou JOÃO DE LANA foi sesmeiro (Capão do Lana) na Comarca do Ouro Preto; Minerador; Metalúrgico de ligas de ouro e prata; Aferidor de ligas de ouro da Casa da Moeda da Vila Rica em 1714; Artífice em ourivesaria; Dourador de talhas de igrejas mineiras como igreja de N. Sª de Nazaré da Cachoeira do Campo.
Foi o Segundo membro da Irmandade do Bom Jesus dos Passos da igreja- Matriz do Pilar da Vila Rica onde foi sepultado na campa XXVII em 26/10/1741.
Parabéns. O cuidado minucioso das pesquisas, personagens, fatos, datas... estou contente.Preciso de mais. Os Lana em Ouro Branco-MG.Qual a extensão das terras de vovô e bisavô? Meus tios homens morreram.Tem apenas duas tias.A geração 30 tá indo embora.Tô aprwndendo...
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